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Grêmio Cecília Meireles e AFS promovem debate intercultural sobre relações de gênero

Publicado: Quinta, 25 de Outubro de 2018, 16h03 | Última atualização em Terça, 04 de Janeiro de 2022, 13h50

Mesa-redonda teve participação de estudantes de intercâmbio de quatro países

 

O Grêmio Estudantil Cecília Meireles, em parceria com o Comitê Uruaçu da AFS Intercultura Brasil, promoveram, na tarde de ontem, 24, a mesa-redonda Igualdade de gênero sob a ótica intercultural. Participaram da mesa a técnica-administrativa em educação da Universidade Federal de Goiás e gestora da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), Mariana Lopes, e duas professoras do IFG Câmpus Uruaçu, a arquiteta Adrielly Mello e a socióloga Eleusa Leão. 

Também contribuíram para a discussão estudantes de intercâmbio do IFG Câmpus Uruaçu e de outras escolas do município. Os depoimentos fora exibidos por vídeo, de estudantes que ainda residem no Brasil ou que já retornaram às suas terras natais. Do Câmpus Uruaçu, participaram a aluna japonesa do curso técnico em Edificações, Yumeka Ikeda, e o estudante italiano do curso técnico em Informática, Stefano Bisello.

 

Relações de gênero

Adrielly Mello iniciou o debate com uma perspectiva histórica das lutas por direitos das mulheres. A professora também tipificou as diferentes correntes teóricas do feminismo e as reivindicações feministas ao longo século XX. Segundo ela, os privilégios assegurados aos homens, na forma de contratos sociais, como o casamento e o trabalho, são apenas parte de "uma política maior de dominação da mulher, pois além do contrato social há um contrato sexual,  que confere aos homens o poder de controle sobre o próprio corpo feminino". 

A professora Eleusa Leão, em seguida, ilustrou como se dão essas relações de dominação. "A dominação é uma violência simbólica, insensível e muitas vezes invisível às suas prórprias vítimas", explica. Eleusa exemplifica, como formas de violência simbólica, "a rejeição do parceiro ao corte de cabelo da mulher, ou mesmo a autorização exigida pelo parceiro para que o corte seja feito, tirando da mulher a autoridade sobre seu próprio corpo".

A socióloga também apontou as conquistas alcançadas pelas mulheres, e destaca, no Brasil, a Lei do Feminicídio (Lei Nº 13.104, 2015). A lei qualifica o crime de homicídio contra a mulher por razão dela ser mulher, como crimes domésticos, familiares e quaisquer condições de menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Segundo Eleusa, "eu entendo a Lei do Feminicídio como uma ação afirmativa, pois existe igualdade formal, mas não temos igualdade material, na prática." 

A servidora da UFG e representante da Fasubra na Coordenação da Mulher Trabalhadora, Mariana Lopes, evidencia o crescimento do número de cadeiras ocupadas por mulheres nas câmaras deliberativas por todo o Brasil. "Tivemos um aumento de 10% para 15% das cadeiras, após a exigência legal de que 30% das chapas sejam compostas por mulheres", revela Mariana Lopes, lembrando que o número ainda é metade das mulheres integrantes das chapas. "Nós mulheres somos mais da metade da população, por que os homens vão legislar sobre o que devemos ou não fazer?', reitera a servidora, sobre a necessidade -da participação feminina na política.  

 

Interculturalidade

Após as falas das pesquisadoras, foram exibidos os vídeos com depoimentos de estudantes de intercâmbio que estiveram ou ainda estão em Uruaçu. Participaram do debate estudantes da Itália, Costa Rica, Groelândia e Japão, sobre as relações de gênero em cada um desses países.  

A Mesa-redonda foi idealizada como parceria entre o Grêmio Estudantil Cecília Meireles e a AFS Intercultura Brasil - Comitê Uruaçu. Segundo o presidente do Grêmio e estudante do curso técnico em Edificações do câmpus, Gilmar Almeida, "a ideia surgiu a partir de um evento passado que realizamos sobre questões de gênero, em que tivemos grande participação, mas ficaram muitas dúvidas".

O estudante complementa que a participação da AFS expandiu o alcance do tema, ao propôr um debate intercultural, "em que fossem apresentadas as perspectivas de diferentes partes do mundo sobre as relações de gênero e o papel da mulher em diferentes sociedades". Para o presidente do Grêmio, a função do diretório é "representar os alunos e promover a integração cultural e social, com debates e discussões importantes".

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Uruaçu.

 

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