Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate - Tradução do site

ptenfrdeitesth

Opções de acessibilidade

Você está aqui: Página inicial > Últimas Notícias > "Que a gente possa pensar na consciência negra para além de hoje", lembra psicólogo sobre o dia 20 de novembro
Início do conteúdo da página
Ação

"Que a gente possa pensar na consciência negra para além de hoje", lembra psicólogo sobre o dia 20 de novembro

Publicado: Quinta, 21 de Novembro de 2019, 19h50 | Última atualização em Quinta, 21 de Novembro de 2019, 20h19

 IFG Câmpus Valparaíso participa com  programação no Dia da Consciência Negra

Luciano durante o evento
Luciano durante o evento

Dia 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra, e o IFG Câmpus Valparaíso não poderia ficar de fora das atividades desta data. Elaboração de cartazes, roda de conversa, debates. Jaciara Araújo (do grupo organizador do evento) destaca: "Este é um momento que a gente comemora mas também reflete sobre a questão racial". Foram montados murais pelo Câmpus nos quais os alunos puderam se expressar e deixar suas opiniões sobre o tema. Já no início da tarde dessa quarta-feira,20, o psicólogo Luciano Sá, que dedica sua atuação clínica ao atendimento das pessoas negras, trouxe a temática: “O impacto do racismo na saúde mental da comunidade negra”, para ser dialogado por meio de uma roda de conversa com a comunidade.

 

Luciano apresentou logo no início a correlação entre racismo e o desamparo aprendido. Sobre o último, explicou o conceito: um experimento realizado para explicar a depressão em seu aspecto geral, para isto, os psicólogos/pesquisadores utilizaram animais como ratos, coelhos e cachorros dentro de uma gaiola e qualquer ação realizada pelos animais, eles recebiam estímulos negativos, resultado: com o tempo os animais passarão a ficar quietos no fundo da gaiola. Sobre este efeito, Luciano detalha: "Eles começam a aprender: 'não importa o que eu faço, sou castigado'".


O psicólogo também esclarece que a as conclusões do experimento podem ser aplicadas em seres humanos: "Pessoas negras em situação de racismo desenvolvem desamparo aprendido". Segundo o palestrante, são vários os efeitos do desamparo aprendido por causa do racismo, entre eles: aumento do comportamento agressivo; controle do estímulo ambiental prejudicado, ou seja, dificuldade de leitura da pessoa em relação aos indivíduos em sua volta; autoconceito também fica deturpado, entre outros pontos elencados. "Racismo não é mimimi, não é vitimismo ... Isto existe, racismo é estruturado historicamente", define Luciano, que encerra a palestra lembrando: "Que a gente possa pensar na consciência negra para além de hoje".

 

Mais ações
Diversas atividades foram realizadas ao longo dessa quarta-feira,20. Feijoada no refeitório estudantil (comida típica afro-brasileira) foi um dos destaques do dia, o momento do almoço ainda foi acompanhado de músicas com raiz na cultura afro-brasileira. Durante à noite, um espaço foi criado no pátio interno do Câmpus, para a exibição do vídeo: “O perigo de uma história única”, com depoimento de Chimamanda Ngozi Adichie, uma feminista e escritora nigeriana. O depoimento de Chimamanda ficou acessível durante toda a noite para aqueles que quisessem visitar o ambiente criado para a atividade.

 

Equipe organizadora
Ana Elizabete Barreira Machado, Jaciara Cristina Pereira de Souza, Josineide Camilo Freitas, Luiz Fernando Ferreira Machado, Marcella Suarez di Santo, Michele dos Passos Nascimento.

 

Um dos murais montados para estimular a expressão sobre a temática

 

Veja mais fotos em: https://www.facebook.com/ifgvalparaiso/ 

 


Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Valparaíso

Fim do conteúdo da página