Semana da Consciência Negra é realizada no Câmpus Goiânia do IFG
O evento tem como tema "Mulheres Negras do Cerrado Goiano em Marcha por Reparação e Bem Viver”
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No mês em que é celebrado nacionalmente o dia da Consciência Negra (20/11), o Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás realiza a Semana da Consciência Negra, cujo objetivo é promover um espaço de reflexão crítica e de fortalecimento da Política de Igualdade Racial nacional e institucional. Com o tema "Mulheres Negras do Cerrado Goiano em Marcha por Reparação e Bem Viver”, as atividades iniciaram nessa segunda-feira, 17 de novembro, no auditório Demartin Bizerra, e seguem até quarta-feira, 19 de novembro.
A solenidade de abertura do evento contou com a mesa diretiva composta pelo diretor-geral do Câmpus Goiânia, professor Vinicius Carvalhaes, a Chefe do Departamento de Áreas Acadêmicas I, professora Iarle Ferreira, a coordenadora-geral da Comissão Permanente de Políticas da Igualdade Étnico-Racial (CPPIR), Marciella Carvalho, e a coordenadora-geral do evento, professora Camila Leopoldina.
O diretor do Câmpus Goiânia, Vinicius Carvalhaes, citou em seu discurso a lei n°14.759, de 2023, que transformou o dia 20 de novembro em feriado nacional – Dia nacional de Zumbi e da Consciência Negra, lembrando das ações que devem ser colocadas em prática na instituição, que implicam revisitar currículos, abrir espaços de fala e de escuta, fortalecer políticas de acesso e permanência e garantir que projetos de pesquisa e de extensão respondam às demandas das comunidades negras de Goiânia e do estado. "Que essa não seja apenas uma semana de evento, mas de compromisso. Que a consciência negra no IFG seja cotidiana na sala de aula, na gestão, na pesquisa, na extensão e na convivência”, afirmou.
Marciella Carvalho, coordenadora da CPPIR, falou sobre a história da comissão, que nasceu no Câmpus Goiânia nesse movimento de luta, resistência e busca por implementação de políticas de promoção da igualdade racial dentro da instituição. “A gente tem que reconhecer qual a função do instituto - não se fala de uma educação para todas as pessoas, se essa educação não for antirracista”, destacou Marciella, falando da importância de estudantes e servidores cobrarem essas políticas.
Em sua fala, a coordenadora do evento, professora Camila Leopoldina, falou sobre a atuação do coletivo NEGRA, cuja sigla significa Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Africanidades, aproveitando para agradecer aos membros do núcleo que trabalharam para a concretização do evento. De acordo com Camila, uma das frentes que têm sido mais trabalhadas no câmpus em relação às políticas de igualdade racial é a extensão. “A extensão é o nosso coração pulsante, porque a gente acredita que pensar essas políticas de igualdade racial dentro da instituição é a partir da comunidade”, afirmou.
Neste primeiro dia da Semana da Consciência Negra foi realizada uma roda de conversa com o tema do evento: "Mulheres Negras do Cerrado Goiano em Marcha por Reparação e Bem Viver”. Além da mediadora, Camila Leopoldina, e da coordenadora da CPPIR, Marciella, participaram as representantes do Comitê Impulsor Estadual da Marcha das Mulheres Negras, Maria Jardim e Aridan. A roda de conversa destacou a importância e o histórico da Marcha das Mulheres Negras, que neste ano será realizado em Brasília – DF, no dia 25 de novembro. A Marcha é um movimento que tem como objetivo principal reivindicar reparação histórica e o direito ao "bem viver" para mulheres negras no Brasil. As participantes convidaram a comunidade acadêmica a participar do movimento - os interessados podem entrar em contato com o comitê, que disponibilizará transporte para a capital do país, por meio do perfil no instagram @marchadasmulheresnegrasgo
Nesta tarde desta terça-feira, 18 de novembro, será realizada a roda de conversa Literatura negra em Goiás: indisciplinando as margens e o centro. Na quarta-feira, 19 de novembro, a Semana da Consciência Negra será encerrada com vivências artísticas e oficinas interativas, celebrando as culturas negras.
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Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia do IFG