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VIII Seminário Nupefil propõe reflexões multidisciplinares sobre os desafios da vida contemporânea

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Com o tema “Inflexões sobre o caos: adoecimento, meio ambiente e viver contemporâneo”, foi promovido no Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás, entre os dias 2 e 3 de dezembro, o VIII Seminário NUPEFIL. A ação é realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Filosofia (Nupefil). 

A abertura do evento ocorreu na manhã de terça-feira, 2 de dezembro, na Cinemateca do câmpus. Segundo o coordenador do evento, professor Roni Ederson Krause de Oliveira, o objetivo do seminário é refletir sobre como viver no mundo contemporâneo tem sido profundamente marcado por um estado de caos e crise permanente no qual o adoecimento e a relação instrumental do homem com o meio ambiente emergem como sintomas de uma vida cada vez mais sem sentido e desumanizada.

A mesa de abertura foi composta pela professora Luciene Bastos, coordenadora da área de Ciências Humanas e Filosofia, pela professora Iarle Ferreira de Sousa, chefe do departamento de áreas acadêmicas I, e pelo professor Vinícius Carvalhaes, diretor-geral do Câmpus Goiânia, pelo professor Cristiano Aparecido da Costa, gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, e pelo coordenador do evento, professor Roni Ederson Krause de Oliveira.

A abertura do evento contou com apresentação musical do Professor Felipe Valoz junto ao cantor Chico Aafa, que interpretaram músicas de Elomar. Em seguida, o público pôde conferir a palestra “A Ética das Explicações: lições da IA Médica para um mundo em colapso”, ministrada pelo Prof. Dr. Steven S. Gouveia, da Universidade do Porto (Portugal). O professor convidado provocou reflexões a respeito da ética na era da Inteligência Artificial. “Eu penso que a inteligência artificial está a reformular algumas noções que nós temos, por exemplo, de responsabilidade. Por isso eu acho que é o momento de repensar esses conceitos, de forma que possamos, por um lado, abranger e incorporar a inteligência artificial nos nossos sistemas éticos, na nossa avaliação ética, e por outro, para evitar uma desresponsabilização da inteligência artificial em muitas áreas da sociedade, como, por exemplo, a medicina, ou como é o impacto ecológico da Inteligência Artificial, ou até os problemas de ansiedade que as redes sociais podem criar, entre muito outros”, afirmou Steven.

O VIII Seminário Nupefil propõe reflexões críticas e multidisciplinares sobre os desafios que atravessam a vida contemporânea em um mundo marcado por crises ambientais, transformações tecnológicas e novos modos de existir.

Após a palestra de abertura, foram realizadas oficinas e minicursos. Uma das oficinas, ministrada pelas professoras Maria Eliane Rosa e Ana Lara Vontobel, teve como título “Corpos em ação: movimentos micropoéticos e micropolíticos”. A professora Maria Eliane explicou sobre a idealização da proposta: “A proposta é uma oficina interdisciplinar entre Filosofia e Arte Cênica, e a ideia é ligar a proposta dessa oficina com a reformulação do atual Ensino Médio. No Instituto Federal, eu faço parte do grupo de trabalho dessa reformulação, em que a ideia do desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar está muito presente. O que o seminário fez foi tentar aplicar isso a uma nova realidade que vem por aí, que é um ensino não só interdisciplinar, mas transdisciplinar, passando por todas as áreas do conhecimento e reforçando os conceitos, no caso, filosoficamente, e a produção desses conceitos dentro das artes cênicas. Então sempre o conhecimento como uma grande teia, como uma grande ligação, para que os alunos tenham mais noção daquilo que eles estão trabalhando e que aprofundem cada vez mais nesse conhecimento”.

O estudante Daniel Leodoro, do curso técnico em Mineração do Câmpus Goiânia, deu a sua opinião sobre a interdisciplinariedade da oficina. “Eu acredito que isso aqui é muito enriquecedor, porque a gente tá numa sociedade, a gente tá passando por transformações muito grandes e esse experimento ajuda a gente a visualizar com mais clareza essas transformações”, afirmou o aluno.

No segundo dia do seminário, 3 de dezembro, foram realizadas as mesas redondas” Do caos ao bem viver: existência, afetividade e traçados micropolíticos” e “Realidade e Virtualidade: facetas do adoecimento contemporâneo”. Houve também apresentação de comunicações e, para encerrar, Pocket show de músicas autorais do grupo Fritos da Terra.

 

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Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia do IFG