EGRESSO

IFG: vozes que impulsionam mudanças

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O diálogo como potência formativa acompanha toda a trajetória de Lucas Amaral, egresso do curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Informática para Internet do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG). Seja nos primeiros contatos com a pesquisa científica, nas vivências artísticas, nas monitorias, na atuação profissional em inovação ou no voluntariado social, suas experiências revelam que conversar, escutar e interagir com pessoas foram motores decisivos para seu desenvolvimento pessoal e profissional. Sua história mostra como o IFG molda vidas pela escuta, pela orientação constante e pela convivência colaborativa que marcam a Instituição desde seus primeiros anos.

 

Lucas no pátio do Câmpus Formosa

A presença do egresso de Infonet no último episódio da temporada da série Por onde anda? não é por acaso. Ele representa as primeiras turmas dos cursos técnicos integrados ao ensino médio do Câmpus Formosa, dos idos de 2010. Como símbolo do nascimento do Câmpus, foi convidado a participar do episódio final do quadro, que integra as comemorações pelos 15 anos do IFG/Câmpus Formosa. O Por onde anda? amplia o diálogo com a comunidade e mostra como os egressos seguem transformando o mundo a partir das bases construídas no Instituto. A série, produzida pela Coordenação de Comunicação Social para o site e para os perfis do câmpus no YouTube e Instagram, destaca histórias que evidenciam o impacto institucional na vida dos alunos egressos. Celebrar as conquistas de Lucas é também celebrar a história do câmpus, sua expansão e sua vocação para formar cidadãos críticos, sensíveis e preparados para atuar em diferentes dimensões da sociedade.

Aos 30 anos, Lucas construiu uma carreira sólida em Tecnologia, Gestão de Projetos e Inovação, atuando em instituições como a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (CODEPLAN), Secretaria de Comunicação do Governo do Distrito Federal (SECOM/GDF), Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Bancorbrás e, mais recentemente, no Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), onde ocupou a Gerência de Inovação. Em transição profissional, ele celebra a nova etapa: “Eu estava em processo de transição de empregos e uma boa notícia é que eu consegui a nova posição. Estou indo como Gerente de Projetos, no Capítulo de UX, (terceirizado pela Fóton) na Caixa Econômica Federal. Hoje estou na Fóton Informática”. Ao revisitar sua trajetória, ele demonstra como o IFG permanece como marco fundamental em sua formação e como ponto de partida para todas as oportunidades que abraçou ao longo da vida.

 

O início

Quando ingressou no IFG em 2010, Lucas encontrou um câmpus que ainda se erguia fisicamente — e simbolicamente — diante dos olhos da primeira turma. Ele relembra: “O início foi desafiador de várias formas e animador de várias outras. (…) Foi transformador chegar ali naquele momento, naquele 2010, onde tudo estava começando (…) Foi incrível.” A narrativa da primeira Semana de Educação, Ciência e Tecnologia (Secitec) sintetiza o espírito coletivo que orientava estudantes e professores: “Juntamos professores, alunos, todo mundo com rodo, baldes, mangueira e a gente limpou aquele pátio, subiu todos os estandes e a gente ainda fez a Secitec acontecer de uma forma incrível”. Nesse ambiente, o diálogo entre docentes e discentes era o principal motor das descobertas e das relações que se consolidariam nos anos seguintes.

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“A gente era a pedra fundamental do câmpus e só entendeu isso depois”, constata o entrevistado do mês, Lucas Amaral.

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Com o tempo, a primeira turma percebeu sua responsabilidade na construção daquele novo espaço educacional: “Fomos percebendo o quanto a gente era a pedra fundamental na história do que estava acontecendo ali. Nós plantamos as árvores que hoje estão no jardim do IFG!”. A consciência de ocupar um lugar inaugural se misturava ao sentimento de pertencimento e ao compromisso coletivo com as gerações que viriam depois.

Lucas durante uma aula do curso em Informática para Internet

 

A decisão de estudar no Instituto surgiu quase por acaso, mas se transformou em uma virada de vida. Lucas conta: “Vou fazer, vou estudar do lado de casa e de quebra vou aprender a formatar computador”. O que encontrou, porém, foi muito mais do que um curso técnico: “Que sorte a minha, porque ele transformou a minha vida de uma forma absurda”. O diálogo constante com professores foi essencial para que ele percebesse a dimensão e o potencial formativo do IFG, algo que levaria para toda a vida, tanto pessoal quanto profissionalmente.

 

Crescimento para todos

Ao rever os 15 anos do Câmpus, Lucas destaca como a Instituição se expandiu física e academicamente: “Ele cresceu bastante (…), expandiu para Biotecnologia, já teve várias expansões”. Para ele, o impacto foi muito além das paredes: “Ele mudou a vida de todo mundo em volta e mudou o lugar em volta. (…) Eu e minha família tivemos nossas vidas transformadas por ele”.

Essa transformação se estendeu para sua própria família. Ele lembra que sua trajetória provocou um movimento coletivo de estudo: “Eu entrei e eles viram o tanto de oportunidades que eu tive aí dentro”. A irmã, a mãe, a tia e um primo ingressaram no IFG com o passar dos anos. Hoje, os caminhos se desdobram pelo mundo: “Neste momento que eu estou falando com você a minha irmã está morando em Roma (…). Depois que entrou no IFG ela viu o tamanho do mundo”.

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“O IFG me impulsionou absurdamente. Foi a minha grande rede”, declara o egresso de Informática para Internet"

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As oportunidades vividas por Lucas no Instituto passaram também pelas artes, pela pesquisa e pelas relações humanas. Ele participou de três projetos de iniciação científica (PIBICs), de oficinas de teatro, musicalização e dança, foi monitor de diversas disciplinas técnicas e atuou como representante de turma. A convivência entre esses diferentes espaços, segundo ele, foi determinante: “Eu estava na dança, no teatro, na música, estava me apresentando (…). Participar dessa musicalização que teve o trabalho da voz me permitiu estar ali na frente da sala”. Para ele, tudo se conectava: “Cada uma das coisas acabou se amarrando em todas elas”. Entre as memórias marcantes, está também a participação no 2º Fórum Mundial de Ciência e Tecnologia, em Florianópolis, Santa Catarina: “Foi a primeira vez que eu conheci a praia. (…) Era um evento grande demais, plural demais para muitas realidades. Maravilhoso!”.

Lucas e seus colegas no 2º Fórum Mundial de Ciência e Tecnologia, em Florianópolis/SC                               

 

Sua atuação posterior na área de inovação no setor público nasceu justamente desse olhar sensível para pessoas e processos. Lucas afirma: “Inovar é mudança”. E reforça que a escuta é fundamental para transformar: “A ideia de inovar dentro do governo é conseguir garantir melhorias para o cidadão”. Em sua fala, aparece novamente a marca que percorre toda a trajetória: a capacidade de dialogar.

 

Voluntariado

Atualmente, o trabalho voluntário na Organização Não Governamental (ONG) TETO reforça ainda mais essa dimensão humana. Lucas explica: “Trabalhar na TETO é muito sobre escutar. Entrar em contato com a pessoa, olhar nos olhos e escutar o que elas têm para dizer”. Como parte da equipe de diagnóstico, ele atua no mapeamento de comunidades vulneráveis, unindo técnica, sensibilidade social e responsabilidade pública, um reflexo claro das bases construídas no IFG.

Aos estudantes que hoje trilham esse caminho, Lucas deixa uma mensagem direta e afetiva: “É difícil, mas não é impossível. (…). O IFG foi a minha grande rede naquele momento, me impulsionou absurdamente (…). Então é difícil, mas vale a pena. Além de dizer que é possível, vale a pena. Eu tenho um carinho muito grande pelo IFG. Foi realmente um momento de mudança na minha vida.”

 

A última figurinha do álbum Por onde anda? é o Lucas Amaral.

 

Assista à entrevista completa em vídeo, disponível no canal IFG - Câmpus Formosa, no YouTube.

 

Confira aqui o Álbum de Figurinhas completo e inspire-se!

 

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 *Fotos: Arquivo Pessoal/Lucas Amaral.

 

 Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa