Licenciaturas em Matemática e Física realizam pela primeira vez a Semaf
O evento ocorreu de 20 a 23 de outubro, no Câmpus Goiânia do IFG.
Encerrou-se nesta quinta-feira, 23 de outubro, a programação da XVI Semana da Licenciatura em Matemática e da VII Semana da Física (Semaf), realizadas no Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG). Pela primeira vez, as Licenciaturas em Matemática e em Física promoveram o evento de forma conjunta.
A Semaf, realizada presencialmente de 20 a 23 de outubro, contou com cerca de 150 participantes entre estudantes, professores, pesquisadores e convidados. A programação incluiu palestras, mesas-redondas, oficinas, minicursos e apresentações orais. Nesta edição, a Semana também celebrou os 100 anos da Mecânica Quântica, um marco fundamental da Ciência Moderna.
A professora de Física e coordenadora do Núcleo de Física do Câmpus Goiânia, Simone Ramalho, destacou a importância da integração entre as duas áreas.
“Nesta edição, unimos esforços das Licenciaturas em Física e Matemática. O grupo de Física homenageou o Centenário da Mecânica Quântica, com uma palestra de abertura ministrada por um professor aposentado da UFRGS, que possui ampla produção científica nessa área. Ele também ministrou um minicurso sobre Einstein, tema sempre muito atrativo. Já a Matemática promoveu atividades voltadas às finanças, à didática. A Semana foi bastante diversificada, com participação de convidados externos. Nossos estudantes também foram incentivados a apresentar trabalhos orais e pôster”, ressaltou Simone.
Inteligência Artificial na Educação
Palestra: “Inteligência Artificial e Matemática: desafios e possibilidades no ensino e gestão pedagógica”, com as professoras Moema Gomes (IME/UFG) e Cláudia Helena dos Santos Araújo (IFG - Câmpus Anápolis).
O encerramento da Semaf contou com a palestra “Inteligência Artificial e Matemática: desafios e possibilidades no ensino e gestão pedagógica”, ministrada pela professora do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal de Goiás (IME/UFG), Moema Gomes. A docente convidou o público a refletir criticamente sobre o uso da Inteligência Artificial Generativa nos processos de ensino-aprendizagem e sobre a democratização no acesso a essa tecnologia.
Sob uma perspectiva crítica, a professora do Câmpus Anápolis do IFG, Cláudia Helena dos Santos Araújo, também provocou reflexões sobre as potencialidades e desafios do uso da IA. Ela destacou que o debate sobre o tema deve ir além da discussão superficial sobre “usar ou não usar” a IA. Mais do que um olhar técnico ou instrumental, é necessário problematizar a dimensão pedagógica do uso da IA e refletir a serviço de quem essa tecnologia está, disse a docente.
Comunicações científicas
Durante o encerramento da Semana, foram apresentadas comunicações científicas em formato de pôsteres, expostos em frente à Cinemateca do Câmpus Goiânia. Entre os trabalhos apresentados, destacou-se o da estudante Sophia Maria Loureiro Gaspar, do 7º período de Licenciatura em Física, que apresentou dois pôsteres: “A Gamificação na Educação: Fundamentação Teórica”, sob orientação do professor Willian Ferreira de Sousa; e “Gamificação no Ensino de Física: Uma Experiência Prática em Calorimetria”.
Sophia explicou que sua pesquisa teórica já foi aprovada pelo Comitê de Ética e que as aplicações práticas ocorrerão no próximo ano. “Para mim, foi muito importante passar pelo Comitê, porque eu vou escrever um artigo de conclusão de curso e quero publicá-lo. Essa pesquisa vai me ajudar muito no futuro, no meu mestrado. Eu quero fazer mestrado em Ensino de Ciências e Matemática na UFG e eu pretendo continuar esse estudo”, revela.
Professor e orientador, Willian Ferreira de Sousa, e a aluna de Licenciatura em Física, Sophia Gaspar, apresentaram trabalho científico.
O professor Willian Ferreira de Sousa, orientador do trabalho de Sophia sobre “A Gamificação na Educação: Fundamentação Teórica”, ressaltou a relevância dessas experiências para a formação dos graduandos. “ É uma oportunidade de conhecer novos trabalhos, que podem estar relacionados com o dela, e ver novas experiências de outras pessoas também. Isso é muito importante no processo formativo”, ressalta.
No último dia da Semaf, foi realizada também uma mesa-redonda com professores aposentados e egressos, que compartilharam suas trajetórias e experiências com o público, na Cinemateca do Câmpus Goiânia.
Balanço
O chefe do Departamento de Áreas Acadêmicas 2 do Câmpus Goiânia, professor Hugo Belisário, avaliou positivamente a integração das duas licenciaturas.
“Para os alunos da Matemática, foram ofertadas atividades da área de Física. E o mesmo aconteceu com os alunos da Física, que tiveram acesso às atividades de Matemática. Eu acho que isso enriqueceu bastante o nosso evento, e a gente está satisfeito até o momento com o desenvolvimento das atividades”, avalia o docente.
O presidente da comissão organizadora da Semaf e professor da área de Matemática, Douglas Nascimento Ribeiro, também celebrou a parceria.
“O público compareceu às atividades. Foi um público consideravelmente expressivo. Foi positivo por ter mais pessoas participando. E também, por ser um grupo maior de professores da Física e da Matemática, a gente conseguiu trabalhar melhor, dar um andamento melhor para a programação do evento”, considera o presidente da comissão organizadora.
A XVI Semana da Licenciatura em Matemática e a VII Semana da Física (Semaf) ocorreram concomitantemente à primeira etapa da Semana de Educação, Ciência, Tecnologia e Cultura (Secitec) 2025 do Câmpus Goiânia.
Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia
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