IFG: diálogo que desperta protagonismo social
Egressa do curso de Ciências Sociais, Aline Maria Rocha transforma experiências vividas na Instituição em ações voltadas à participação, à equidade e ao desenvolvimento social

No Instituto Federal de Goiás (IFG), o diálogo é mais do que uma metodologia de ensino, é uma forma de transformação. Foi nesse ambiente de trocas, de escuta e de construção coletiva que Aline Maria Rocha descobriu a potência de unir conhecimento, engajamento e propósito. Hoje, mestranda em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB), a egressa do curso de Licenciatura em Ciências Sociais do Câmpus Formosa leva para o campo profissional e acadêmico a marca que o IFG ajudou a consolidar em sua trajetória: o compromisso com o diálogo e com a transformação social.
Aline é uma das egressas retratadas na série Por onde anda?, publicada no YouTube e no Instagram do Câmpus Formosa. O quadro, que integra as comemorações pelos 15 anos do Câmpus, busca mostrar como a formação recebida na Instituição impulsiona vidas, gera oportunidades e inspira novas histórias. Por meio dos relatos de ex-alunos, a série evidencia o papel do IFG na construção de trajetórias marcadas pela emancipação, pela inclusão e pela excelência.
Formação atuante
Ingressante em 2016, Aline trilhou uma trajetória intensa no IFG. Participou do Centro Acadêmico de Ciências Sociais, atuou no Laboratório de Diálogos Públicos (LabDiP) e foi co-criadora do É-Diálogo, espaço voltado à mediação e à facilitação de grupos. Foi bolsista de Iniciação Científica pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), realizou pesquisas voluntárias, e participou de projetos interdisciplinares e de mobilidade acadêmica, como o Lapassion, em 2019, no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) de Uberaba.
Desbravando o mundo
Um dos maiores desafios, segundo Aline, foi viver o sonho do intercâmbio internacional na Universidade de Oklahoma (EUA), uma experiência viabilizada por meio de uma campanha coletiva que mobilizou a comunidade de Formosa. “Era um sonho que eu cultivava. Me senti escutada por um professor, que me disse ‘sonho que se sonha só é só um sonho, mas quando se sonha junto é realidade’”. “Eu pude vivenciar a experiência de conhecer outro país, outras culturas e ampliar a minha perspectiva profissional enquanto cientista social”, completou.
Aline em Oklahoma (EUA)
O intercâmbio, que parecia distante da realidade de uma jovem de origem periférica, tornou-se símbolo de superação e também de compromisso. Aline conta que, ao voltar, passou a enxergar a importância de usar o conhecimento adquirido em benefício da sociedade. “Eu trago a vontade de poder compartilhar essas experiências. Espero poder ser uma ótima profissional, que também consiga enxergar outras pessoas”, diz. Desde então, essa perspectiva a acompanha em todas as suas atuações.
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“O intercâmbio me proporcionou esse resgate, de que vale a pena cultivar os sonhos e desejos. Ele também cultivou que vale a pena enfrentar desafios”, diz Aline Maria Rocha.
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Apostando no social
Após a graduação, Aline acumulou experiências em projetos e instituições que dialogam com políticas públicas e causas sociais. Trabalhou na É Circular, onde atuou em ações de educação financeira e investimento de impacto, e no Ministério das Mulheres, colaborando com o Plano Nacional de Igualdade Salarial e com o Seminário da Política Nacional de Cuidados.
Hoje, desenvolve pesquisa sobre participação social no mestrado e integra um projeto vinculado à Presidência da República em parceria com o Câmpus Formosa do IFG, voltado à juventude, o Laboratório de Juventudes (LabJuv). Além disso, ela também participa de uma consultoria independente em monitoramento participativo pela Imaginable Futures, uma organização filantrópica, e é voluntária no Litro de Luz, organismo que leva soluções sustentáveis de iluminação a comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia e do Xingu.
As expedições com o Litro de Luz marcaram profundamente a trajetória da egressa. “O Litro possibilitou expedições ao Xingu e Amazônia. É um espaço muito enriquecedor (...), você consegue enxergar a vulnerabilidade. Eu vejo como a minha trajetória no IF, considerando as experiências que eu tive, inclusive no LabDiP, me possibilita ter uma leitura e um cuidado na hora de realizar estes trabalhos. Boa parte das coisas que eu aprendi no Laboratório sobre diálogos públicos se aplica em relação ao desenvolvimento social”, reflete.
Aline, no Projeto Litro de Luz, levando energia ao Xingu
Aline reconhece que o IFG foi um divisor de águas em sua história. Filha de pais servidores municipais, oriundos de família nordestina e nortista, ela cresceu em Formosa vendo na educação pública uma janela para o mundo. “O IF é um espaço muito significativo para mim, onde eu pude aproveitar muitas experiências. A entrada no IFG foi marcante, pois ela deixou as portas abertas para um mundo possível”, afirma. Hoje, a pesquisadora almeja o doutorado e sonha em retribuir o apoio que recebeu, contribuindo para que mais jovens pretos, periféricos e de baixa renda tenham condições de ingressar e permanecer no ensino superior.
A figurinha de hoje é a Aline Maria Rocha.
Assista à entrevista completa em vídeo, disponível no canal IFG - Câmpus Formosa, no YouTube.
Confira aqui o Álbum de Figurinhas e inspire-se!
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*Fotos: Arquivo Pessoal/Aline Rocha e Arquivo CCS
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa



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