A efervescência da arte tomou conta da cidade de Goiás nesta segunda-feira, 17, e segue até quarta, 19, com a realização do 18º Festival de Artes de Goiás, promovido pelo Instituto Federal de Goiás (IFG). Artistas, fazedores de cultura, estudantes, professores, população local e turistas vão partilhar experiências e experimentações artísticas e culturais.

Com o tema “Encruzilhadas”, o Festival foi aberto oficialmente em solenidade realizada à tarde, no Cine Teatro São Joaquim. Os oradores destacaram a importância do festival e os encantos da antiga Vila Boa e a Cia de Teatro Nu Escuro foi homenageada pelos seus 30 anos de atuação.

A reitora do IFG, professora Oneida Cristina Barcelos Irigon, disse que a cidade de Goiás respira cultura, memória, resistência e pertencimento. Em seguida, afirmou que o tema do festival é provocativo, porque os vários caminhos nos fazem escolher quais projetos queremos sustentar.
Segundo ela, o festival provoca reflexões sobre a arte no IFG. “A arte nos chama. Ela não é o que sobra; é um direito. A arte é profundamente política; abre percepções, abre consciências, abre o futuro para a juventude. E o nosso festival mostra o que é o IFG e a Rede Federal; reflete um projeto de educação que transforma vidas e territórios”, defendeu.

Investimentos

Oneida reafirmou o seu compromisso com os eventos institucionais do IFG, entre eles o Festival de Artes. Contou que as últimas três edições tiveram, juntas, um orçamento de cerca de R$ 1,5 milhão. “Mas isso não é gasto; é investimento pedagógico, educativo e político”, completou.

O prefeito da cidade de Goiás, Aderson Liberato Gouveia, falou da importância histórica e cultural da cidade, que está se preparando para comemorar seus 300 anos, em 2027. “A cidade perdeu tudo quando deixou de ser a capital, mas sempre contou com a paixão de sua gente”, afirmou citando a poeta Cora Coralina e o bispo Dom Tomás Balduíno.

Aderson falou da transformação da cidade com o título de Patrimônio da Humanidade, concedido pela Unesco em 2001. Também citou a presença das três instituições públicas de ensino superior: IFG, UFG e UEG e da alegria da população local em receber o festival. O prefeito surpreendeu a todos ao terminar seu discurso cantando o refrão da canção “O que é, o que é?”, de Gonzaguinha.

Também participaram da solenidade de abertura o diretor-geral do Câmpus Cidade de Goiás, professor Stênio Gonçalves de Oliveira, o coordenador-geral do 18º Festival de Artes, professor Carlos Cipriano, e a secretária municipal de Cultura, Goiandira de Fátima Ortiz de Camargo.

Os professores Stênio e Carlos Cipriano deram boas-vindas aos presentes e fizeram agradecimentos. Cipriano agradeceu especialmente a todos que ajudaram a construir a 18ª edição do festival. É um evento grande e grandioso. Quem faz o festival faz com o coração”, disse. Stênio agradeceu especialmente os estudantes presentes. “Vocês são o motivo do festival”, resumiu.

Homenagem

A solenidade de abertura foi encerrada com uma homenagem à Cia Teatral Nu Escuro, que completa 30 anos de atuação. A companhia foi formada por então estudantes da Escola Técnica Federal de Goiás e em três décadas de atuação influenciou e continuar a influenciar outros grupos teatrais goianos.

Carlos Cipriano lembrou a que Cia Nu Escuro faz parte da história do Festival de Artes, tendo participado de várias edições. Os integrantes da companhia que subiram ao palco para a homenagem falaram emocionados da história do grupo e da importância da Escola Técnica, hoje IFG.

Depois da homenagem, eles apresentaram o espetáculo “O cabra que matou as cabras”, que é uma livre adaptação da peça medieval francesa “A farsa do advogado Pathelin”, com mistura de textos de cordéis nordestinos e outros elementos da cultura popular brasileira. Uma comédia que trata de golpes, traições e reviravoltas.

Confira a programação do 18º Festival de Artes.

Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.