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SECITEC 2025

Mudanças climáticas e seus impactos no planeta e na sociedade são temas centrais da abertura da Secitec 2025

Publicado: Segunda, 20 de Outubro de 2025, 23h04 | Última atualização em Sexta, 14 de Novembro de 2025, 17h42

O evento ocorre até o dia 23 de outubro no Câmpus Goiânia do IFG

Palestra de abertura com o professor Marlon Capena, da área de Meio Ambiente do Câmpus Goiânia do IFG, sobre: "Mudança climática e a demanda por serviços de saneamento básico relacionada aos resíduos sólidos”, na manhã do dia 20/10, no Teatro do IFG, no câmpus. (Crédito/fotos: Emerson Fagundes).
Palestra de abertura com o professor Marlon Capena, da área de Meio Ambiente do Câmpus Goiânia do IFG, sobre: "Mudança climática e a demanda por serviços de saneamento básico relacionada aos resíduos sólidos”, na manhã do dia 20/10, no Teatro do IFG, no câmpus. (Crédito/fotos: Emerson Fagundes).

O Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG) deu início, nesta segunda-feira (20/10), à edição 2025 da Semana de Educação, Ciência, Tecnologia e Cultura (Secitec). A programação traz palestras e exposições dedicadas à discussão sobre o meio ambiente e as mudanças climáticas, em sintonia com o tema da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT): “Planeta Água: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território.”

Na palestra de abertura da Secitec 2025, o professor Marlon Capanema, da área de Meio Ambiente do Câmpus Goiânia do IFG, abordou os impactos dos resíduos sólidos e da emissão de gases de efeito estufa como agravantes das mudanças climáticas. O tema da palestra foi “Mudança climática e a demanda por serviços de saneamento básico relacionada aos resíduos sólidos”, realizada no Teatro do IFG. O docente também tratou da contaminação das águas por resíduos.

“São muitos os resíduos que podem causar diversos problemas. Temos os microplásticos, que começaram a ser investigados agora. Há indícios que eles estejam até no leite materno – e usamos muito microplásticos. Hoje trabalhamos mais com a conscientização ambiental acerca dos microplásticos que, por serem tão micro, não vão para o aterro sanitário, mas para o esgoto”, explica o professor.

Além dos microplásticos, ele destacou outros resíduos potencialmente prejudiciais, como os agroquímicos (fertilizantes e pesticidas) e os detergentes.“O ideal é gerenciar corretamente os resíduos: encaminhar para reciclagem o que é da reciclagem, para compostagem o que é da compostagem e para o aterro sanitário o que não tiver nenhuma possibilidade de reaproveitamento”, reforçou Capanema.

Gases de efeito estufa

Ao tratar da relação entre resíduos sólidos e mudanças climáticas, o professor Marlon esclareceu que os resíduos sofrem decomposição natural e, nesse processo, liberam gases de efeito estufa na atmosfera. “São esses gases os responsáveis pelo aumento do efeito estufa e, consequentemente, pelo aquecimento global”, destacou.

De acordo com dados do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), entre 1990 e 2023, houve um crescimento na emissão de gases de efeito estufa.

Atualmente, são lançadas na atmosfera cerca de 57,1 bilhões de toneladas desses gases por ano, segundo o cientista Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), em palestra virtual intitulada “Sociedade e Mudanças Climáticas”, realizada em 8 de setembro*.

Durante sua exposição, Artaxo enfatizou que os gases de efeito estufa estão no cerne das mudanças climáticas e alertou para a alteração na composição da atmosfera terrestre causada pelas emissões globais.

Enchentes

O tema das mudanças climáticas também foi abordado em outra palestra da Secitec 2025: “As lições da enchente do Rio Grande do Sul”, ministrada pelo professor Antônio Pasqualetto, da área de Meio Ambiente do Câmpus Goiânia do IFG. O docente analisou as enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul em 2023 e 2024, relacionando-as aos eventos climáticos extremos.

Professor Antônio Pasqualetto, docente da área de Meio Ambiente do Câmpus Goiânia do IFG, proferiu a palestra: “As lições da enchente do Rio Grande do Sul”, no primeiro dia de programação da Secitec 2025.

“As enchentes são fenômenos que vêm se intensificando. As chuvas torrenciais registradas no Rio Grande do Sul devem se repetir — não mais em intervalos de 60 anos, como ocorria antes, mas em períodos muito menores. Há previsões até de novas enchentes em 2026”, afirmou Pasqualetto.

A observação do professor está em consonância com os dados do último relatório do IPCC, que aponta: com o aumento da temperatura média global em quatro graus, eventos climáticos que antes ocorriam uma vez a cada 50 anos podem acontecer até 39 vezes com mais frequência e serem cinco vezes mais intensos.

Exposições

Exposição de veículos e esportes aquáticos abriu a programação da Secitec 2025. O bicampeão mundial de jet ski, Davi Prado, apresentou modelos de motos aquáticas na exposição.

A temática “Planeta Água” também se estende às exposições da Secitec 2025. No pátio do câmpus, visitantes puderam conhecer um veleiro e motos aquáticas, apresentadas pelo bicampeão mundial de jet ski Davi Prado.

O bioma Cerrado também ganha destaque na programação com a mostra “Artes e Cores do Cerrado”, que reúne trabalhos artísticos de estudantes do Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França, expostos na biblioteca do câmpus.

Exposição “Artes e Cores do Cerrado” na biblioteca do Câmpus Goiânia do IFG.

A primeira etapa da Secitec 2025 segue até o dia 23 de outubro. A próxima etapa ocorrerá de 10 a 14 de novembro, no Câmpus Goiânia. A Instituição obteve recursos de R$ 120 mil reais para a realização do evento. O fomento é oriundo de Chamada Pública Pop Ciência CNPq/MCTI nº 11/2025, como parte do Programa Nacional de Popularização da Ciência (Pop Ciência) pelo CNPq e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Mesa de abertura da Secitec 2025, com o Gerente de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação do Câmpus Goiânia do IFG, professor Cristiano Costa; o diretor-geral do Câmpus Goiânia do IFG, professor Vinícius Carvalhaes; e a coordenadora-geral da Secitec 2025 do Câmpus Goiânia do IFG, professora Lidiaine Maria dos Santos.

 

Veja mais fotos da Secitec 2025 do Câmpus Goiânia


Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia
 Texto: Mayara Jordana S. Santana

*(Os dados citados nessa matéria foram abordados na disciplina “Sociedade e Mudanças Climáticas” do curso de extensão “Divulgação Científica para Comunicadores e Jornalistas”/USP. Essa notícia foi elaborada como trabalho de conclusão do curso “Divulgação Científica para Comunicadores e Jornalistas”).

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